Em todos os setores, vemos aumentar significativamente a participação da mulher no mercado de trabalho, mostrando sua competência e batalhando por equiparar seus direitos aos dos homens. Muitas já chegaram a altos postos de grandes responsabilidades, como é o caso das atuais presidentes do Supremo Tribunal Federal; do Superior Tribunal de Justiça, ministra Laurita Vaz; da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge; e da subsecretária de Contabilidade Pública da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, Gildenora Batista Dantas Milhomem.

O crescimento da participação feminina no mercado de trabalho tem um papel muito importante não só para o seu fortalecimento, mas também para a ascensão social e econômica do país.

Na Contabilidade, também é notório o crescimento de atuação das mulheres. Segundo uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Contabilidade, a participação feminina neste segmento passou, em 22 anos, de 27,45% para 42,79% e continua crescendo.

Atualmente, das 27 regionais do sistema CFC/CRCs, 7 são representadas por mulheres. Apesar de ainda ser pequena, é uma participação que vai se consolidando a cada dia, com demonstração de eficiência e grandes resultados.

O que pensam algumas das representantes femininas no cenário contábil

Maria Clara Cavalcante Bugarim, presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abracicon), considera que grande parte da conquista feminina na área contábil se deve ao projeto “Mulher Contabilista”, que impulsionou a participação de mulheres em espaços predominantemente masculinos. “Somos incansáveis por natureza. Desde o início da emancipação feminina, soubemos, inteligentemente, o momento certo de combinar os afazeres domésticos com a nossa própria instrução. Se hoje temos motivos bastantes para comemorar, é porque fomos capazes de seguir em frente, combinando sensibilidade, competência e boa vontade”, afirma a presidente da Abracicon.

Para Maria Clara, ainda há um longo caminho até a conquista da igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho. “Estamos, cada vez mais, determinadas a não nos deixar abater diante das situações adversas, conscientes de que, com união, é possível concretizar nossos objetivos. Nossa meta é nos fortalecermos coletivamente, multiplicarmos nossas competências, valorizarmos os nossos serviços e aumentarmos a nossa credibilidade perante a sociedade como construtoras de uma pátria mais justa e igualitária. Nós não somente queremos ocupar o merecido espaço sociopolítico brasileiro, mas exercer, em plenitude, a nossa cidadania enquanto mães, profissionais competentes, esposas, cidadãs, mulheres”, conclui.

Para Rosa Maria Abreu, representante da CRCMG, habilidades fortes da mulher, como a sensibilidade e o cuidado, agregam valor à profissão contábil, que vai além dos conhecimentos técnicos exigidos. Já Iara Sonia Marchioretto, representante da CRCMS, acredita que a presença feminina na Contabilidade representa uma quebra de paradigmas e traz, para ela, um forte exercício de responsabilidade no atual momento econômico do país, em que se busca o resgate de valores como o compromisso e a transparência.

Fonte:

http://fenacon.org.br/noticias/mulheres-se-destacam-por-atuacao-e-crescimento-profissional-na-contabilidade-3076/

http://cfc.org.br/noticias/o-empoderamento-das-mulheres-na-contabilidade/